Certa vez, quando morava no projeto Jarí, no Pará, me aconteceu uma coisa interessante. Estava num trabalho de campo. Teria que adentrar a um matagal para coletar amostras de água de um rio. Estava a serviço do meio ambiente. Meu tempo era cronometrado. Teria que coletar e voltar logo para pegar o transporte de funcionários que passava em uma determinada hora.
Neste dia surgiram problemas com uns maribondos que dificultaram a minha aproximação do ponto de coleta. Desta forma acabei perdendo o transporte, de longe observei sua passagem, não deu tempo correr. Lamentei, pois eram 11:45 da manhã e o outro só passaria às 13:00 horas. Como fiquei chateado, pois teria que caminhar uns cinco km até a empresa, ainda teria que pegar um outro transporte, que provavelmente demoraria, para o restaurante. Nisso fazia um calorão daqueles que só na floresta amazônica faz. Já estava triste. Não me restou outra opção. Peguei a estrada levando aquele isopor contendo amostras.
Caminhei uns 15 metros, quando de repente surgiu um carro. Olhei pra trás com o barulho, vinha muito rápido e não deu tempo fazer sinal para tentar a carona, nem me animei. Entretanto para minha surpresa a Hi-lux parou e o motorista perguntou para onde iria. Falei que estava indo pra mineradora. Ele me disse que tava indo para o restaurante, mas que poderia passar na empresa. Em resumo, não só deixei o isopor na empresa como fui até o restaurante. Por sinal... No ar condicionado e ouvindo uma boa música, hehehe. Uma história simples, sem acontecimentos marcantes, mas que consegui ver interessantes ensinamentos, vejamos:
·Maribondos dificultando minha chegada ao ponto de coleta: Não reclame ou desista na hora das dificuldades, o importante é atingir seus objetivos;
·Perder a hora do ônibus: Não lamente as oportunidades perdidas, vá em frente e busque uma alternativa, nem que seja a mais espinhosa;
·Pegar a estrada e enfrentar o calor e a longa caminhada: Não desista perante as dificuldades numa busca, pois quanto mais difícil parecerá tua luta mais breve ela se findará.
·A carona: Deus nunca abandona seus filhos, ele sempre te socorrerá na hora certa;
·O conforto da viagem e a facilidade de chegar ao destino final, que era o restaurante: Toda luta, todo esforço, toda força de vontade será compensada e um dia você chegará lá, e como vencedor verás que sua força de vontade valeu a pena. E não esqueça, faça sempre sua parte;
Interessante que neste dia me veio em mente uma passagem de Jó que diz: “Quando for Meia noite, houver a escuridão e treva, será tão claro quanto a luz do meio dia, por sinal o horário em que estava em curso este acontecimento.
Veja os ensinamentos de Deus, eles estão em nossa frente a todo instante, a gente é que não percebe. Que achas?
Existe uma grande energia que é criada e guiada por Deus. Como sua imagem e semelhança, também temos energia. É sabido que a energia não se perde, ela se transforma. Aliás, desde a nossa concepção não deixamos, dia após dia, de passar por transformações energéticas. Pra que fato mais interessante que um casal que se doa, dando espaço para o surgimento de um novo ponto que emana energia?
Tudo na existência é movido por energia. Quando abraçamos alguém querido, há uma troca e formação de uma energia que toca nossa alma, algo fantástico e prazeroso.
Imagine agora quando você usa energia para o bem, para o amor. Tudo é fantástico, maravilhoso, divino. Assim como quem usa a energia pessoal para o mal, a vida torna-se espinhenta, desconfortável. Coisas ruins sempre estarão ao lado de quem emana o mal.
Então, ame. Distribua essa energia tão poderosa aos que te cercam e veja que a alegria, o conforto espiritual, a magia de viver estará ao seu dispor.
Faça um teste: Quando se aproximar de pessoas que você gosta (seja quem for) tente passar, em silencio, um pouco de energia positiva, aquela que você retira do infinito. Perceba que logo logo bons fluidos retornarão de forma tocante. Vamos, tente. Verás que sua energia é importante e necessária para um mundo melhor. A felicidade é isso, procure-a.
Por favor, por favor, não me interessa discutir religião. Minha opinião é única. Viver em harmonia com Deus é também estar em equilíbrio de consciência com o mundo que nos cerca. Ser prestativo aos irmãos importa e muito. Ajudar é amar ao próximo. Ter ética na escalada da vida.
Tem muita coisa pra se fazer neste mundo, muita coisa mesmo. Combater a Injustiça social, assistência às crianças, velhos, doentes, pobres, etc.
Não vamos perder tempo discutindo quem vai ou não escapar no juízo Final, precisamos sim ter atitude. A obra mais importante que homem pode deixar é o seu trabalho, sua força de vontade para praticar o bem para o necessitado. Auxiliar quando preciso.
A verdade é uma só: Deixamos de se preocupar apenas com a salvação particular. Vamos sim tentar salvar a humanidade em conjunto. Jesus pregou isso em sua estadia na terra.
Não esqueça que a luz que você acende iluminará seu caminho primeiramente.
Gustavo é o meu sobrinho, uma criança que não pára quieto, uma fonte inesgotável de energia. Creio que hoje ele tenha uns seis anos de idade.
A curiosidade dele é que desde os três anos conta histórias incríveis, em que afirma categoricamente ter vivido uma outra vida. Fala de sua mãe, de seu pai e da vida que tinham num outro período. Comenta ainda na hora em que escolheu a atual mãe (minha irmã, por sinal), segundo ele se fosse preciso escolheria a mesma de novo. Enfim, são muitas histórias contadas por Gustavo. Tentarei contar algumas.
Nessa história eu estava inserido, difícil de esquecer. Aconteceu na noite do meu aniversário.
Minha família é dividida em dois núcleos, como na maioria delas. O núcleo do meu falecido pai e o da minha mãe.
A do meu pai mora mais distante, na barra do Ceará. Sou louco pela aquela gente, desde criança, quando passávamos finais de semanas e férias na casa deles. Adorava minha Tia Maria (quem não teve ou tem a sua querida tia Maria, não?), sempre queria ir pra casa dela. Mas ela faleceu e aos poucos fui deixando de ir lá com mais frequência. Minha tia Maria, como os demais tios, me chamava de "Antõe" Régis, "Antõe" mesmo, invés de Antônio.
Diferente da família de mamãe, que sempre morou próximo e tínhamos um maior contato. Pra eles, como até hoje lá em casa, sou apenas o Régis. Gustavo não conheceu minha tia Maria e não teve muito contato com os demais da Barra do Ceará.
Minha tia era morena e possuía os cabelos não muito compridos e brancos, quase prateados, isso antes de nos deixar.
No dia do meu aniversário, no início da noite, estava sentado na sala, acho que estava estudando. Gustavo brincava no chão, como toda criança, conversava com os brinquedos. De vez em quando eu pegava parte da conversa, apesar de tentar me concentrar no que estava fazendo.
Após algum tempo vi que ele citava o nome do pessoal de casa, mandando um beijo pra cada. Num determinado momento ouvi bem claro quando ele disse: Um beijo para o "Antôe " Régis... Poxa tomei um baita susto. Lembrei que tia Maria, que ele não conheceu, me tratava assim. Pra mim foi como um murro no coração. Levantei imediatamente e perguntei o que ele havia dito. Ele repetiu: Um beijo para o Antõe Régis. “Quem mandou você dizer isso, Gustavo?”, foi minha reação. Ele se assustou e não quis falar comigo mais. Ainda tentei insistir, mas vão. Achei melhor parar por ali mesmo.
Quando minha irmã chegou contei o acontecido. Ela com muita calma conversou com ele (coisa de mãe) e num determinado perguntou quem mandou o beijo para mim. Ele respondeu: “Foi uma velhinha do cabelo bem branquinho, mãe”. Creio que minha irmã parou a conversa por aí mesmo. Ficamos impressionados com o caso.
Não preciso tirar conclusão alguma, o fato diz tudo, foi o que pensei. Cada pessoa também tem o direito de tirar a sua própria, não é mesmo? Existem outras histórias em que Gustavo é o protagonista, coisas muito interessante, verei o que poderei contar.
Fui informado do falecimento de minha tia avó, ela estava acamada há mais de ano. Um longo sofrimento e que para muitos havia encontrado o descanso. Chamei um amigo para me acompanhar no velório. Chegamos pro lá por volta das 20 Horas, ele não entrou, pois não gosta de ver pessoas falecidas, preferindo ficar na calçada onde se encontrava outros parentes.
A casa, localizada no Bairro Porangabussu, Fortaleza, é antiga, construída num terreno mais elevado, com relação a calçada, alguns degraus dão acesso a casa.
Adentrei a sala, onde estava o caixão. Observei o corpo de minha tia, que parecia dormir. Veio a mente meus tempos de criança quando freqüentávamos sua casa, boas recordações.
Ao sair de perto do caixão rumei para falar com minha prima, hoje também falecida, que cuidou de minha tia nos últimos anos. Ela estava sentada numa área entre o caixão e a porta de rua.
Rita Maria, prima de 2° grau, relatou o sofrimento, a dificuldade de locomoção e as dores. Enfim toda trajetória que culminou em seu falecimento. Prestei atenção ao depoimento. Algumas vezes fazia algum comentário.
Não sei o porquê, mas em determinado momento da conversa deu vontade de olhar para a porta da rua. Foi quando vi uma coisa estranha. Uma fumaça azulada subindo pela porta, o que me deixou curioso. Mas deixei pra lá e continuei ouvindo a conversa.
Minha prima continuava falando, quando deu vontade de olhar para porta mais uma vez. Observei que a fumaça azulada estava tomando forma. Fiquei assustado e voltei a olhar pra minha prima, que percebeu algo de estranho em mim.
Passou-me um nervosismo e a vontade de levantar a cabeça novamente, com muito esforço consegui. O susto foi grande, pois a fumaça azulada se transformou numa pessoa que logo reconheci. Era a minha tia falecida.
Bateu-me uma tonteira e senti uma quentura saindo do peito, algo parecia queimar dentro de mim. Minha prima me perguntou o que estava acontecendo e eu falei que estava vendo minha tia. Não me lembro direito o que aconteceu depois. Quando me dei conta estava sendo carregado por meu tio que me ajudou a sentar numa cadeira da calçada.
Aos poucos fui voltando a si. Lembro que meu tio, que é ateu, ficou impressionado com o que contei, assim como os demais presentes.
Foi uma experiência não muito legal. E eu que achava que velório seria local improvável de fenômenos desse tipo... Foi tudo verídico, pois de maneira alguma iria brincar com esse tipo de coisa, principalmente sendo num local de respeito e com um familiar meu.
Ocorreu quando morava no bairro do Henrique Jorge, em Fortaleza, início dos anos zero.
Havia um barulho que vinha da rua, o que não estava me deixando dormir. Desta forma migrei para o quarto mais isolado da casa, era muito mais silencioso e calmo. Fechei a porta e me deitei numa rede que havia por lá, logo adormeci.
Tempos depois fui acordado bruscamente por um vento forte que fez com que a porta se abrisse subitamente. Acabei por acordar assustado. Levantei a cabeça para ver do que se tratava. Fui até lá e fechei-a, encaixando bem o ferrolho. Bocejei e dei uma espreguiçada nos braços, pensei: “Voltarei a dormir”.
Caminhei até a rede quando me veio à grande surpresa, havia alguma coisa dentro dela. Foi um tremendo choque, parecia um grande saco de cimento. Criei coragem e me aproximei pra ver do que se tratava. O choque foi bem maior, pois o que eu via era meu próprio corpo estático.
Foi dura a minha conclusão, acreditei naquele instante que estaria morto. Fiquei desesperado, pensando nas inúmeras coisas que ainda teria que fazer nesta vida, assim como no sofrimento dos meus parentes, um incômodo sentimento.
O instinto me fez tentar reverter aquela situação. Tudo muito difícil. O que me veio a fazer, de forma intuitiva, foi a de tentar voltar ao meu próprio corpo. Fechei os olhos e num salto entrei na rede, deitando sobre mim mesmo; fiz vários movimentos em total desespero. Tudo durou pouco tempo, embora parecesse uma eternidade. Até que comecei a sentir uma dormência que começava nos braços e se espalhava pelo corpo. Senti muitos arrepios e, mesmo com grande receio, abri os olhos. Suspirei aliviado, pois só havia um corpo vivo, voltei a mim mesmo. Bem vivinho, graças a Deus, como agradeci a esse Ser supremo.
A experiência foi traumática, o que me deu margem para ver que em nosso mundo existem muitas possibilidades, que muitas delas não sabemos explicar, mas que nos obriga a sempre a pensar e conviver com elas.
Sabe, fica complicado falar de religião, de ter uma posição fechada
acerca do assunto. Deus não aponta a religião correta. Pra ele basta
estar em seu nome que sua presença é garantida. Desta forma não vejo
correta a afirmação de que uma religião, cujos principais ensinamentos
deixados pelo Senhor como base, venha a ser errada. Todos têm acertos e
erros, afinal precisam aprender para evoluir. Vícios e erros existem em
quase tudo na existência. Uns erram mais ou menos, porém se almeja
encontrar o equilíbrio. A conduta do homem, em relação ao próximo, com o
objetivo de encontrar o bem estar é o que interessa ao nosso Senhor.
Assim como nossa mãe deseja o nosso sucesso em todos os setores. A mãe
quer o filho por cima, com o Senhor não é diferente. Embora o filho
procure um caminho de degradação espiritual sua mãe não desiste, ela ora,
procura fazer algo, dá a vida até pelo filho. Assim é Deus, a diferença é
que ele já deu a sua vida pelos filhos. Ele quer que todos prosperem na
espiritualidade. Que sigam seus ensinamentos básicos. Talvez no dia em
que as fronteiras e preconceitos entre as religiões não existam mais (há
que sonho) surja enfim o sinal de que o homem está sim, atingindo o
principal estágio evolutivo. É a vontade de Deus, nosso criador.
A existência de um mundo espiritual é inquestionável. Claro que a vida não se restringe ao nosso meio. Já fui desses de achar que tudo tem uma explicação óbvia. Também que a morte seria o fim de tudo. Mas não é bem assim. As experiências com espíritos me fizeram mudar de opinião. Espíritos que se materializaram diante meus olhos comprovaram a existência de um mundo paralelo. Assim como recados endereçados a mim me fizeram mudar a forma de ver um mundo diferente. Sei que ainda tem muito que aprender, mas sei da existência de caminho correto.
Acredito que em nosso mundo existam espíritos bons e os indiferentes a necessidade da bondade. Não diria ruins, pois tudo no mundo criado por Deus passa ou passará por um processo evolutivo. E nosso criador não criaria de forma alguma nada que fosse maléfico ao meio ou que fosse uma ameaça futura a sua criação. Percebo muito bem isso em locais que me passam calafrios ou paz interior, quando sinto certa presença espiritual.
A humanidade começa a despertar para este mundo verdadeiro e que acabaremos por ver e aceitar como o boom do sentido da vida. Vida essa criada por Deus, de equilíbrio, paz e felicidade. O caminho que com certeza será longo, mas que conduzirá ao objetivo de nossa incansável viagem.
É estar em sintonia divina com o nosso Pai, consigo mesmo e com toda a existência. Isso flui de uma capacidade latente em cada ser importante e fruto da criação.
Chico Xavier,um filme que consegue transmitir uma energia incrível. Um filme que só acaba quando é apresentado o último crédito. Fantástico, envolvente e marcante. Muito bem dirigido por Daniel filho e com elenco de primeira grandeza. É difícil saber quem estava melhor, se Nelson Xavier ou Ângelo Antônio. A história de um grande homem que trouxe a mais importante mensagem de paz ao nosso povo. Humilde, inteligente, uma pessoa de luz incontestável. É agradecer a Deus o presente que ele deu a essa geração de brasileiros, que foi o privilégio de está no meio deste homem santo. As pessoas, carentes de tudo, precisam assistir a este filme, conhecer a trajetória de Chico. Assim reacender a esperança de um dia existir um mundo mais digno, mais esperançoso. Ele está presente no filme, é possível perceber.
