De Régis Brasileiro
Um dia borbulhei os balbucios da reação.
Precisei esganar da verdade curiosidades incestuosas do império abstrato.
Necessitava de inimigos para burlar a mentira da exatidão...
Tenho certeza que poderia estar sóbrio.
Agora, entregar-me-ei ao acaso, cuspindo para longe esculturas entre beliscos,
São as entranhas das verdades que me obcecam.
Lembra das miçangas e bijuterias escondidas na urna funerária?
Aquela cravejada de Rubis, turmalinas e antenas das baratezas?
Vamos resgatá-las sim, para adornar o nobre sentimento da soberba.
Saiba que desejei mesmo entender a fobia da gloria derrocada...
Dos ínfimos paladares que não visitam o gosto azedo da escuridão.
Claro que foi sim, mas acabei por me perder nas gosmentas entranhas das fantasias...
Nada não,
Tempos depois fui orar diante o velho pinguim despencado daquela caixa...
Aquela gelada, em que se guardam desejos impróprios dos corpos mórbidos.
Estão aguardando a incineração para fugirem pelas podridões dos esgotos esquecidos...
Ou o liquido da perdição e da injúria desabonada num aparelho fétido.
Resta aguardar a hora de retornar à pureza e despencar da máquina celeste.
Findará assim o desejo implícito da sede de uma noite abstrata...
Enfim, foi aberta a sepultura mais uma vez.
Agora guardarei para sempre o nefasto perigo que aniquilaria a raça da indigestão humana...
Chorem, chorem, chorem... Despejem as lágrimas adestradas.
Depois esqueçam, pois não trarão à tona a verdade que tanto buscaram em
torno da insolvência particular do teu minúsculo desejo de querer...
Vão! Deixem-me ir...
Vou cozinhar o marasmo oculto das curvas sublinhadas...
Dos gases esporádicos da inalação submersa dos atrativos.
Estão arquivadas na demanda inserida ao caos.
E não esqueça:
É necessário ver o “calçador” friccionado à constelação da importância existencial...
Veja... Está pregueada no solado toda a sujeira que pisaste em todos os
atos de tua caminhada...
Observa-te o que aprontastes...
E vai-te para o teu mundo...
Nem pense em olhar para trás.
O dia já acabou.
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